sexta-feira, 13 de março de 2020

CARVÃO DE VIAGEM - Eduardo Olímpio



CARVÃO DE VIAGEM




Vou num comboio a carvão
a caminho de Garvão,
Como sou alentejano
mesmo ás cegas não me engano
São estes os meus atalhos
meus cerros e meus trabalhos.
Só a gravata garrida
destoa na solidão,
Esta gravata-facada
cravada no coração.
Esta gravata-saudade
das minhas terras de pão.

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