quinta-feira, 1 de outubro de 2020

As gestas líricas da negritude - Eduardo de Oliveira

As gestas líricas da negritude

 

Eu quero ser no mundo uma atitude

de afirmação que, unicamente, cante

com poderosa voz tonitroante,

A Gesta Lírica da Negritude...

 

Serei na vida o intransigente amante

de sua nobiliárquica virtude,

e, como alguém que entoa ao alaúde

uma canção, eu seguirei adiante...

 

Eu seguirei feliz, de braços dados

com meus irmãos dos cinco continentes...

que a todos amam, porque são amados.

 

E quando se ama a Humanidade inteira,

os ideais – por mais nobres, mais ardentes –

irmanam-se numa única bandeira.

 

Eduardo de Oliveira

(1967, p. 43).

 

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