III
Memória
Shalom izkor,
Não perdoamos,
não perdoámos, não termos sido perdoados.
Vítimas da vítima, topologicamente paralisados,
num túnel escuro, onde jaz,
um corredor que visto de cima é na verdade, um
toros de espectáculo, arena
acelerador de partículas, ratos da má sorte
colonialista, parasita eu, porque nós,
todos espectadores. O mundo. O contrário do amor
não é o ódio, é a indiferença.
Somos olfacto sem caminho para chegar,
Somos escravos se queremos comer.
Checkpoint Gaza
Checkpoint Charile
Um moeda de ouro em Kazimierz Dolny depois no
Gueto d’Opole
Oiço os disparos em Syrets. Conto as estrelas
apagadas na História.
Babi Yar, Opus um
Zyklon B, Opus nas estrelas
Dá-me a
mag…
Nasceu em 1987 em Lisboa. Mestre em Engenharia Física pelo IST.
Trabalhou em investigação no CERN, Suíça e em Telecomunicações em Lisboa e
Roma. Em 2017, deixou o seu trabalho e decidiu ser repórter. Viveu na Ucrânia,
Inglaterra e Itália, e viajou pelo Senegal, Marrocos, Turquia e Irão. Publica
poesia desde 2015, em várias revistas sobretudo na Apócrifa. Trabalha como
fotojornalista freelance para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF Freelance
Photojournalism
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