CONSELHO
ADMINISTRATIVO
Com risos brancos,
e mãos brancas, quase
transparentes,
tomam o lanche no
gabinete
e decidem
quantos operários a
despedir,
para salvar a empresa,
dizem,
entre uma anedota e
outra…
O açúcar escureceu, como
a tarde,
no fundo da chávena;
e a colher,
a um gesto mais exuberante
salta inocente dos dedos
e voa
por sobre os papéis (e
apenas isso
consegue suster a
respiração
dos Excelentíssimos
Administradores).
João Craveiro
In,
o diário de 25-5-86 “CULTURAL”
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