Contos Cubanos
I
Não tenho tempo
agora
De contar as histórias dos mártires
Não tenho tempo
Os lábios das feridas em curso
Me sangram... devoram meus últimos instantes
Mas tu não chores
Meu sangue é um fio de azeite
Que alimenta a lâmpada da liberdade
Não chores tu
Enquanto cuba esteja em pé
De contar as histórias dos mártires
Não tenho tempo
Os lábios das feridas em curso
Me sangram... devoram meus últimos instantes
Mas tu não chores
Meu sangue é um fio de azeite
Que alimenta a lâmpada da liberdade
Não chores tu
Enquanto cuba esteja em pé
II
Mãe
As lágrimas sobre mártires vivos
São uma grande vergonha
Ora pela terra verde
Que seja pródiga em pães para seus filhos
Reza pelos vivos
Que permaneçam anos em sua pátria
Não comi meu pão... Ó mãe
Os inimigos se fartaram... inclusive de minha carne
E amanhã... os corvos dos bosques negros
Disputarão meu corpo
Mas ficarão o pão e Cuba
Para os cubanos livres
As lágrimas sobre mártires vivos
São uma grande vergonha
Ora pela terra verde
Que seja pródiga em pães para seus filhos
Reza pelos vivos
Que permaneçam anos em sua pátria
Não comi meu pão... Ó mãe
Os inimigos se fartaram... inclusive de minha carne
E amanhã... os corvos dos bosques negros
Disputarão meu corpo
Mas ficarão o pão e Cuba
Para os cubanos livres
III
Minha tumba
Ó mãe... minha
tumba não
tem endereço
Eu vivo em todas as partes
Caminho... e não tenho pernas
Falo... e não tenho língua
Vejo... e não tenho olhos
Eu vivo em todas as partes
Sou o deus deste século
Filho de Revolução... e da dor
Eu vivo em todas as partes
Caminho... e não tenho pernas
Falo... e não tenho língua
Vejo... e não tenho olhos
Eu vivo em todas as partes
Sou o deus deste século
Filho de Revolução... e da dor
1 comentário:
Desconhecia estes poemas de Mahmud Darwish.Gostei muito,principalmente do primeiro.
Enviar um comentário