COTAÇÕES
O
prazer dos ricos tem um peso? Pode esse prazer pesar
na
garganta da tarde, na despudorada fala oficial
que
é a bolsa,
a
que se difunde como uma notícia patriota,
um
crime glorioso,
ou
uma vitória no desporto?
As
esforçadas marcas conseguidas pelos pobres,
a
sua intervenção na euforia interna,
no
tão designado produto bruto,
que
estátuas levantarão da terra produtiva,
nos
ciclos do padrão-ouro
e
no papel-moeda?
Temos
que recolher todas estas garantias do prazer
para
construir a glória,
temos
que juntar os milhões do atleta,
as
performances do político, as habilidades dos emigrantes,
o
mal cuidar da língua,
para
podermos dizer com toda a consciência
que
chegámos novamente à Índia.
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