o caminho é a aventura
não sou
tudo o que quero
mas
quero ser
tudo o que sou
recuso-me a não ser
o que em mim é do que fui
serei sempre o ter sido
isso é ser
os dias caem sobre os dias
a bateira voga silenciosa
como se
algo mais que ela própria
madeira trabalhada por mãos sábias
que outras mãos
sábias também de outra arte
continuam
olho em frente
procuro um caminho por fazer
persigo a aventura
António José Cravo
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