Noção geográfica
A esses que me perguntam
donde lhes vem a direcção escolhida
e são apenas a direcção lançada
ao centro indefinido da razão;
e que empunham as armas sem saber
razão fundamental para o seu uso;
e que indecisos se erguem para indagar
a que futuro apontam
elevo a voz para dizer
das múltiplas razões para uma entrega
ao tempo de partir e edificar
as naves de arremesso
e construir uma nação sem muros
onde se expanda o eco da alegria
cavada em vossos peitos
pelo resgatar dos corpos e da cor
de encontro à bruma que ficou contida
entre os dois tempos de uma manhã morta
adonde nos jazia a decisão
e atónitos olhávamos os dias
perdidos entre a noite e sem saber-lhe o fim.
donde lhes vem a direcção escolhida
e são apenas a direcção lançada
ao centro indefinido da razão;
e que empunham as armas sem saber
razão fundamental para o seu uso;
e que indecisos se erguem para indagar
a que futuro apontam
elevo a voz para dizer
das múltiplas razões para uma entrega
ao tempo de partir e edificar
as naves de arremesso
e construir uma nação sem muros
onde se expanda o eco da alegria
cavada em vossos peitos
pelo resgatar dos corpos e da cor
de encontro à bruma que ficou contida
entre os dois tempos de uma manhã morta
adonde nos jazia a decisão
e atónitos olhávamos os dias
perdidos entre a noite e sem saber-lhe o fim.
Ruy Duarte de Carvalho
em
"Lavra: poesia reunida 1970-2000." Lisboa: Edições Cotovia, 2005, p.
79.
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